1º Vila Olímpica indígena do Brasil é ativada em Dourados
19/11/2012 10h57
A primeira Vila Olímpica do Brasil está funcionando em Dourados através da implantação do Programa de Esporte e Lazer da Cidade – Povos e Comunidades Tradicionais (Pelc). O Programa foi ativado na última sexta-feira com a presença da coordenadora Geral do Programa, Ana Elenara Pintos, do Ministério dos Esportes. Caminhada, jogos entre outras atividades esportivas foram realizadas para marcar a data.
O complexo, inaugurado em maio do ano passado estava fechado devido a falta de definição sobre quem faria a gestão dos serviços: Estado, União ou município. Vencida esta etapa, cuja o Ministério Público Federal detectou que a responsabilidade de cuidar do espaço é da Prefeitura, o deputado federal Geraldo Resende (PMDB), que é o autor dos recursos que possibilitaram a construção da obra, também garantiu no Ministério dos Esportes o Pelc juntamente com a Prefeitura, que se cadastrou no programa. A iniciativa vai destinar recursos e proporcionar atividades esportivas para alunos e a comunidade em geral das aldeias indígenas de Dourados.
“Estamos trabalhando em conjunto com a administração municipal para superar todos os obstáculos ainda existentes para que a Vila Olímpica Indígena, que ainda precisa de muitas adequações funcione em sua plenitude”, destaca Geraldo Resende.
Neste sentido, um convênio entre a Prefeitura de Dourados e o Ministério dos Esportes já garante os materiais necessários para implantar os programas em Dourados. Neste sentido a Prefeitura já iniciou licitação para a compra de equipamentos de áudio, vídeo e fotos, além da contratação de empresa especializada em fornecimento de passagens aéreas, objetivando atender formadores na implantação do projeto. A Prefeitura já abriu edital do processo seletivo para a contratação de 12 agentes sociais e licitação para empresa responsável pelo material de divulgação dos Programas.
A Vila Olímpica indígena passou por reformas gerais, já que sofreu depredação e já abriga atividades das escolas indígenas da aldeia Jaguapirú e Bororó. De acordo com Geraldo Resende algumas deficiências precisam ser resolvidas com urgência como a implantação de bebedouros e manutenções nas áreas de atividade de lazer, porém acredita que com a implantação dos programas estes transtornos serão resolvidos. O parlamentar também aguarda uma avaliação do Ministério dos esportes que poderá vir a Dourados verificar o andamento dos trabalhos executados pela Prefeitura. “O governo federal poderá garantir novos investimentos ao constatar que a Vila Olímpica é uma realidade para a comunidade e que está cumprindo o seu papel de ser uma ferramenta de combate a violência e as drogas através das práticas esportivas e culturais. Este é o nosso desejo e o que nos motivou a investir num projeto tão importante para a valorização humana dos nossos irmãos indígenas de Dourados que tanto sofrem com uma vida cercada de dificuldades”, destaca Geraldo.
CAPS Indígena
O deputado Geraldo Resende (PMDB) entregou na última terça-feira (13) ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha projetos para a implantação de um Centro de Atenção Psicossocial para o tratamento de dependentes de álcool e drogas (CAPS-AD) e uma maternidade para as mulheres indígenas das aldeias Jaguapirú e Bororó, em Dourados; a primeira maternidade indígena do brasil.
Na reunião o deputado explicou a importância de se implantar um centro de tratamento para dependentes químicos. “Os índices de suicídio e de assassinatos nas aldeias em Dourados são os maiores do mundo. Os números chegam a superar zonas de conflitos armados como o Iraque”, afirmou.
O projeto foi elaborado em conjunto com a Missão Evangélica Caiuá e significa um investimento mensal de R$ 200 mil para o funcionamento do Centro. A Missão é uma das principais parceiras do Ministério da Saúde em relação a atenção aos indígenas, já tendo habilitação para receber recursos para este fim.
No Ministério da Justiça o deputado também relatou a questão da violência na reserva indígena e reiterou o pedido para criação de uma polícia comunitária. “Falei sobre a necessidade de fazer, da Vila Olímpica, também um local de formação de recursos humanos, que venha a qualificar os jovens para que sejam verdadeiros agentes da cidadania”, salienta Geraldo Resende.