Fronteiras desprotegidas

Um dos principais problemas que preocupam a sociedade brasileira, hoje, é o crescimento assustador de usuários de drogas e de suas nefastas conseqüências. Faço parte de uma Comissão Externa que tem por objetivo estudar a questão, avaliar alternativas e propor soluções. Uma delas, pela qual estou lutando, é a construção de um Centro de Recuperação de Dependentes Químicos que possa atender a Região da Grande Dourados.

Trata-se de uma medida importante para auxiliar os usuários carentes e suas famílias, que não podem pagar os valores cobrados em clínicas particulares e, por conta disso, cada vez mais se afundam no mundo as drogas. Na outra ponta, porém, precisamos também aumentar as medidas preventivas, entre elas, o combate ao tráfico de drogas. Nesse campo, estamos perdendo de goleada.

Estudo feito pelo Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita) divulgado recentemente, aponta uma grande carência de funcionários e falta de postos de fiscalização nos 16,8 mil quilômetros de fronteira seca do país, incluindo Mato Grosso do Sul nas divisas com o Paraguai e a Bolívia, nas cidades de Corumbá, Ponta Porã, Mundo Novo, Porto Murtinho e Bela Vista.

Entendo que o combate ao tráfico e contrabando é uma das principais medidas a serem incrementadas se quisermos diminuir o consumo de drogas no Brasil. Portanto, será um dos pontos que vou abordar, insistentemente, na Câmara Federal, neste próximo mandato, e para tanto, conclamo o apoio de todos os segmentos que lutam pela valorização da família, da educação, dos princípios libertários e cristãos, para que me ajudem nessa cruzada.

Está mais do que comprovado que a falta de estrutura de fiscalização na fronteira compromete o trabalho de combate ao tráfico, à sonegação fiscal e à entrada de produtos, armas e munições que depois caem nas mãos de bandidos dos grandes centros brasileiros. Somente em Mato Grosso do Sul, segundo o estudo do Sindireceita, o déficit no quadro de servidores da Receita Federal é de 138% apenas em três aduanas: são necessários 138 trabalhadores, porém existem apenas 60.

Quero aproveitar este espaço e parabenizar o diretor de Formação Sindical do Sindireceita, Sérgio de Castro e o jornalista Rafael Godoi, que vão transformar o estudo citado em um livro denominado “Fronteiras Abertas”, com previsão de lançamento para o mês de novembro, em Brasília. Tenho certeza que esse material vai servir de subsídio para nosso trabalho parlamentar, auxiliando com informações nas cobranças e sugestões que vamos apresentar.

O certo é que não iremos abrir mão de nossa prerrogativa de trabalhar incansavelmente na conquista de melhores dias para nossa gente. Todos sabem que tenho atuação firme na área de saúde ao viabilizr unidades básicas, ambulâncias e equipamentos para várias cidades, além da reforma e construção de hospitais.

Como médico, tenho um compromisso com a vida e por isso atuo também na viabilização de recursos para a construção de quadras esportivas, centros de convivência e áreas de lazer. Não podemos esquecer, ainda, que a drenagem, o asfalto e o esgoto são melhorias que contribuem, em muito, com a melhoria dos indicadores de saúde.

Combater o uso de drogas e tratar dos doentes que caíram nessa desgraça é uma vertente desse trabalho de valorização da vida, dos alicerces da família e, consequentemente, dos valores da sociedade. Para isso fui reeleito e com esse norte continuarei atuando, na certeza de que irei corresponder aos anseios daqueles que acreditam em nossos bons propósitos e nos reconduziram para mais uma jornada no Congresso Nacional.



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